MALPIGHIACEAE

Byrsonima variabilis A.Juss.

Como citar:

Diogo Marcilio Judice; Tainan Messina. 2012. Byrsonima variabilis (MALPIGHIACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

LC

EOO:

3.112.296,636 Km2

AOO:

476,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Ocorre nos Estados de Maranhão, Piauí, Sergipe, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro (Mamede, 2010).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Diogo Marcilio Judice
Revisor: Tainan Messina
Categoria: LC
Justificativa:

?Espécie amplamente distribuída nas regiões Sudeste, Nordeste e Centro-oeste. Encontrada em inúmeras unidades de conservação (SNUC). A espécie foi categorizada como "Menos preocupantes"<i> </i>(LC).

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Byrsonima variabilis está relacionada a B. stannardii. B. varialilis possui pequenas folhas com pilosidade escura (marrom ou esbranquiçada em B. stannardii), brácteas maiores e mais flexíveis, pétalas originalmente brancas (as quatro laterais) ou amarela (pétala posterior) e torna-se rosa com a maturidade (estas tornam-se laranjas ou vermelhas em B. stannardii), anteras glabras (seríceas em B. stannardii), pedicelo do fruto fortemente encurvado ou retorcido, e sépalas mais acrescentes no fruto. B. variabilis é muito comum em Minas Gerais, mas parece, porém não se estender ao norte da Bahia (Anderson, 1992).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

População:

Flutuação extrema: Desconhecido
Detalhes: Corrêa (2006) estudou duas subpopulações em áreas de Campo Rupestre de Minas Gerais, sendo 15 ind. na canga ferruginosa do Campus da UFOP em Ouro Preto, MG e 15 ind. na encosta do vale do ribeirão do Carmo em Mariana, MG.Carvalho (2010) encontrou 0,189 ind./m² em afloramento rochoso de Reserva Particular Vellozia, MG.

Ecologia:

Biomas: Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica (Mamede, 2010)
Fitofisionomia: Campos Rupestres (Castro et al., 2007; Viana; Lombardi, 2007).
Detalhes: Espécie de sub-bosque, intolerante à sombra (Ribeiro et al., 2007). Possui rebrota após passagem de fogo (Baêta, 2009; Figueiredo et al., 2009). Corrêa (2006) sugere a possibilidade de B. variabilis acumular manganês na cutícula foliar, tornando esta defesa mais eficiente contra a herbivoria.

Ameaças (1):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.3.1 Mining local very high
Em estudo em Campo Rupestre sobre canga na Serra da Calçada no Quadrilátero Ferrífero, Brumadinho, MG, Viana; Lombardi (2007) relatam o alarmante grau de ameaça ao ambiente, onde grandes extensões já foram completamente eliminadas por atividades mineradoras e quase a totalidade dos remanescentes é pertencente a empresas de mineração ou são de áreas fortemente afetadas pela expansão imobiliária. Quadro semelhante se apresenta na Mina do Brucutu, no município de Barão de Cocais, em Minas Gerais, área de mineração da qual se extrai minério de ferro, e que B. variabilis ocorre. A extração de ferro é feita através da remoção do solo e destruição de toda a cobertura vegetal, sendo considerada uma atividade de alto impacto ambiental (Mourão; Stehmann, 2007).

Ações de conservação (2):

Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level on going
"Vulnerável" (VU), segundo a Lista de Espécies Ameaçadas do Espírito Santo (Simonelli; Fraga, 2007).
Ação Situação
4.4 Protected areas on going
B. variabilis ocorre em áreas Protegidas como Parque Estadual do Itacolomi, Ouro Preto e Mariana, MG (Peron, 1989); Parque Estadual do Ibitipoca, Lima Duarte e Santa Rita do Ibitipoca, MG (Manhães, 2003); Parque Nacional Serra de Itabaiana, Sergipe (Mendes et al., 2010); Reserva Particular Vellozia, Área de Proteção Ambiental Morro da Pedreira em Santana do Riacho, Minas Gerais (Carvalho, 2010).